Em começos do século XVI, Ruperto Acciaioli, que foi pupilo de Lorenzo il Magnifico, e depois embaixador de Florença à corte de Luiz XII de França, que — como o fizera Luiz XI com Piero il Gottoso de' Medici — fá-lo acrescentar às armas da família, sobre a espádua do leão azul, a flor de liz de ouro das armas dos Capetos; Ruperto Acciaioli manda copiar, numa belíssima mão renascentista, os privilégios concedidos por Giovanna de Nápoles a Nicola Acciaioli, grão-senescal do reino, dois séculos antes, no trecento.
Um detalhe se destaca: o nome da família, nesses documentos, é grafado de Azzarolis. Não de Acciaiolis. Azzarola é uma frutinha, a acerola. E' possível que esta fosse a grafia original, e que Acciaioli seja uma corruptela posterior. Nesse caso teríamos, possivelmente, a origem dos Azzarolis, depois Acciaiolis, numa família de camponeses dos arredores de Florença, enriquecidos com o comércio e assim engrandecidos. A lenda que os faz descendentes de armeiros de Brescia, no século XII, nada mais seria que isso — uma lenda, escondendo as origens modestíssimas do clã.
O copyright das imagens pertence à Green Library, Stanford University.
3 comentários:
acerola entao nao é brasileira?
mas eu nunca vi aqui, posso procurar.
Não é, existe na Itália. E deu teu nome :))
jah descobri. em aqui mesmo.
baci
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